quarta-feira, 7 de julho de 2010

Uma estória absurda


Qualquer semelhança é mera coincidência. Um amigo me contou que, quando estava em uma festa junto a algumas pessoas, acabou por ficar com um casal  idoso, conversando a respeito de várias coisas. Um dos assuntos foi a Blitz da LEI SECA. Como é um assunto polêmico pois, quem está na night dificilmente se preparou para beber e não dirigir, mais pessoas ouviram a conversa calorosa e se juntaram ao grupo. Opiniões para lá e para cá, e o senhor que estava acompanhado de sua senhora disse ter usado de um artifício inescrupuloso para burlar o cerco policial. Com isso, ele conseguiu chamar a atenção de grande parte do público da festa. Todos queriam que ele relatasse a experiência, sem mais delongas. Bem, como ele e sua esposa tinham sido convidados para uma festa que não dava para deixar de ir, tão pouco beber. Como ele e companheira gostam muito, ficaram a tarde tentando imaginar o que fariam. Depois de muito matutar e quase derreter seus neurônios, ele teve a grande ideia: convidaram um sobrinho para acompanhá-los. 

E assim foi. Os três se divertiram no evento. Foi o máximo. No retorno, quase chegando em seu bairro, foram surpreendidos pela Blitz, bem como ele imaginara. Foram parados e bafômetro comeu. A autoridade o impediu de conduzir o veículo, sob seu protesto de que não houvera ingerido álcool. Depois de muito argumentar que o aparelho estava com defeito, sua esposa se habilitou a passar pelo teste. Mal pôs o bico no instrumento, e este mostrou o resultado alterado. Daí, o casal começou a dizer, em uníssono, que o aparelho estava de fato com defeito. Quibrocó armado. Mas a veemência deles era tamanha, que os policiais ainda permitiam o argumento. Foi aí que o senhor pediu para que sua esposa acordasse o sobrinho, que dormia no banco de trás do carro. Assim ela o fez e o senhor sugeriu ao guarda que pedisse a  seu sobrinho que passasse pelo procedimento. Mesmo relutante, o guarda acatou. O sobrinho assoprou no equipamento. Resultado: quantidade acima do permitido para condução de veículo. Todos ficaram espantados! Depois de se olharem, os guardas pediram mil desculpas e permitiram que o casal e seu sobrinho seguisse viagem, afinal de contas, o aparelho realmente se enganou, pois não era possível uma criança de oito anos estar embriagada. Depois de meia dúzia de palavras enraivecidas, a família partiu. As pessoas ao redor do senhor se olhavam, pois, até que enfim, a tal engenhoca estava errada. Foi aí que o mundo caiu: a estratégia do tiozinho foi levar seu sobrinho de apenas oito anos para festa e, uma vez todos distraídos, pediu que o menino fizesse ingestão de duas doses de uma bebida alcoólica pois, assim, se pegos na blitz, fariam o salseiro que fizeram e ainda sairiam como heróis, pois uma criança não bebe bebidas alcoólica. Bem, depois desse relato, só achou graça aqueles que já estavam com a cara cheia ou que realmente não se importam com nada.

A questão é: a que ponto chega o ser humano, pondo em risco toda uma estrutura fisiológica, infantil, de uma criança? E a criança estabelece laços consaguíneos com as pessoas em questão. Tudo isso em troca de uns goles e mal estar? Quer dizer que já não basta beber até cair, pegar um carro e acabar com a vida do primeiro que cruzar seu caminho? Pôr em risco a vida de qualquer um que estiver por perto se este irresponsável perder a direção? Isso é simplesmente inaceitável!
O interesse na divulgação dessa estória é alertar as pessoas para a crueldade humana, para a dependência de um vício. Precisamos ficar atentos a tudo a nosso redor.

2 comentários:

Luís Eduardo Pirollo disse...

Oi amiga Vanessa! Que absurdo a inciativa deste casal! Além de colocar em risco a vida de todos pelo caminho e principalmente a de uma criança por dirigir embriagado, ainda chega no cumulo de fornecer bebida alcoólica a uma criança, simplesmente inaceitável. Só pode ser pobreza de espírito.
Abraço e muita paz!!!

Unknown disse...

Que estoria mais doida, não dá nem prá acreditar que é verdade. Fico triste...
Tá vendo amigo eu elio seu blog, já li vários artigos, até de marido.
Paz!!