Muito melhor que malhação

Tudo que é sólido pode derreter. Me pergunto várias vezes o que será dos meus sobrinhos, filhos e alunos em relação a programação de TV. Pela mãe do guarda, meus caros! Tudo que tem a sombra de ser bom, acaba por ser transmitido altas horas da noite; o domingo é para aquele pessoal que não tem amigos, família para visitar, almoçar junto, não tem assunto, não gosta de ler ou escrever. Daí ficam à mercê do povo de programações bizarras. Mas, graças a fé em algo, há sempre uma luz no fim do túnel.

Desta vez, o que está a iluminar a passagem é a TV BRASIL, com uma série de programas interessantes e bem feitos, valorizando o país, trazendo conhecimento e aguçando a curiosidade dos jovens. O link do início do post que não me deixa mentir. Hoje, o pano de fundo foi Clarice Lispector e sua obra Uma aprendizagem ou o livro dos prazeres. O que deixa a coisa gostosa é o argumento, a forma como o programa traz livros e autores importantes para a vida dos adolescentes. É atraente. Acrescenta conteúdo, na linguagem deles, não deixando de aproximar mundos. Sem dúvida, é uma ferramenta indispensável para nós, professores de literatura, que muitas vezes nos pegamos tentando reorganizar a maneira de colocar fatos importantes, de forma que eles se tornem assunto de debate de forma atrativa, incentivando o grupo a querer mais, a saber mais.  Graças! Não estamos mais sozinhos!

Se prestarmos atenção na programação da rede pública, perceberemos que há uma série de programas riquíssimos. Eu mesma, sempre que posso, almoço aos domingos em companhia de ZIRALDO e seu programa infantil, que é precedido pelo famoso MENINO MALUQUINHO, que mescla as fases da primeira infância, pré adolescência e adulta de um menino que parece com todos que nos cercam. É incrível.


Bom, aí fica a dica. Não tem mais porque ficar à mercê de fofoca de vida de celebridade, filme que confunde Brasil com México e África, ou aquele programinha medíocre, que pensa que nossos adolescentes não irão crescer ou que são um bando de pedaços de carne, alienados e sem capacidade de escolha. Na falta de um bom dvd ou cansaço diante do comput, lance mão da