terça-feira, 15 de junho de 2010

Conheceis a verdade e ela vos libertará

          Jorge Reis da Costa, ou melhor, Jorge Kajuru, foi o assunto do Conexão Repórter dessa segunda. O entrevistidor não era Marília e sim Cabrini, porém, o show foi exatamente como entende-se o significado de entrevistar. Foi esclarecedora, elucidativa, e exclusiva.
          Nutro um respeito imenso pelo trabalho do Roberto Cabrini há muito tempo. Pelo Kajuru também. Era sempre aquele que estava gesticulando, falando mais alto que os outros, indiguinado. Segundo ele, a indignação é o que alimenta, o que impulsiona. Concordo plenamente. Ontem pude ver um Kajuru totalmente diferente daquele que se faz ideia. Não se trata apenas de um profissional com um pacto e compromisso com sua profissão. Trata-se de um homem com o compromisso consigo mesmo, sem traição, sem conluio. Não há nada mais rico que isso. Não há traição ou até mesmo prostituição contra a sim mesmo. Há o respeito, em primeira instância, a suas crenças, razões, a sua verdade. Primeiro é um homem, depois um profissional. A questão é que nos acostumamos a ver a cortina da mentira, da falsidade, do engano, tudo em nome da verdade, justiça. Quero deixar claro que não me refiro a maneira como Kajuru se coloca, pois há várias maneiras de se dizer a mesma coisa, o que me interessa é a necessidade de estar com a cabeça erguida. Isso sim deveria ser  o princípio da índole humana, não essa mentirada na qual estamos submersos até o pescoço. Por conseguinte, essa índole, quando assumida, atuada e ensinada ao povo gera, rios de inquietações, desgastes e mal estares na sociedade golpista. Não é interessante que o povo saiba ler, e não digo palavras, mas entrelinhas; que saiba dizer não. Logo, quando um cara como Kajuru, de aparência normal, "gente como a gente", assume esse papel, vai fazer, diretamente, com que o outro, ao ouví-lo em sua rádio, por exemplo, pare e pense: e não é que ele está certo?. E ai, meus caros? Imaginem muitos fazendo esse exercício, essa rota raciocinativa? É muita gente que não vai querer votar, que vai reclamar, que vai questionar. Definitivamente, não creio que  a aristrocacia política brasileira seria capaz de receber muito bem e dar conta desse novo movimento. Então, como fazer? Bem, deixá-lo incitando o povo é que não pode. Imagine, incitando o povo à verdade. Isso não seria incitar o povo à liberdade? E o povo, uma vez liberto, seria favorável? Bem, acredito que, para meia dúzia de gatos pingados não, só para o país. Ih, mas isso dá "pano para manga".
          Bem, acontece que acredito no "conheceis a verdade e ela os libertará" e, assistí-lo, mais uma vez fiel a si, primeiramente, reforçou esse raciocínio, pois, embora o próprio Kajuru tenha declarado que está infeliz, acredito que esja deviso ao enquadre médico, sua saúde - que é a única coisa que temos, em nenhum momento ele se colocou como infiel a seus princípios. Um pouquinho dessa postura, para começar, não faz mal a ninguém. Pelo contrário, devolve o auto conhecimento e viabializa a construção de um caráter.

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