Armistício em função do tempo

É muito complicado a abordagem a respeito desses assuntos, regados à religião mas, mesmo assim, foi agradável, interessante e convincente a entrevista concedida pelo padre Fábio de Melo a espetacular Marília Gabriela na madrugada de hoje. Confesso que quando eu tiver a oportunidade, provavelmente revisarei quadro a quadro. O tempo destinado a um programa não seria nunca suficiente para abordar e discutir com mauior minúcia todo um universo que o padre, por si só, já o traz, sobredtudo falar a respeito de questões tão presentes e tão fortes que vêm assolando nossas mentes. Contudo, mesmo em pinceladas, ficou claro a postura que cada um assumiu no encontro: ataque e defesa.

Bem, eu vou falar por mim. Eu tenho muitas perguntas a fazer. Até pensei em levar isso à frente, muito antes se quer do pragrama da Gabi estrear. Foi quando tive contato com a igreja no curso de padrinhos de batismo. Mas, para minha surpresa, este encontro não foi conduzido por um sacerdote ou tão pouco por alguém que estivesse em condições de perceber minha posição com um olhar auxiliador, e não de defensor. Afinal, quem de vocês, meus caros, ao ouvir a palavra " padre" já não lança mão de sua criança, e procura os olhos do mencionado, com a intensão de "eu sei o que você fez no verão passado"? Pois então. Minha primeira pergunta é simples e, se alguém que me acompanha consegue responder, por gentileza, fique à vontade. Como os padres resolvem a questão do celibato? há masturbação, por exemplo? O uso da prática de esportes vem com a intensão de "controlar" o apetite sexual? Gostaria verdadeiramente de entender isso. Extendo para as freiras também, claro. Existia até uma cultura de que moças feias, ou melhor, que assim se acreditavam, em vez de tentar um relacionamento, já partiam diretamente para ser "noiva de Cristo". Em que contexto isso se dá? Na minha humilde concepção, noivado tem conotação sexual ,ou não? Eu vejo Cristo como salvador, como Pai, um companheiro protetor, já um noivo não assume somente esses atributos, estou errada?

Na verdade, como acredito em educação, em falar sobre o assunto, a igreja precisaria vir às pessoas e tornar as coisas mais acessíveis. Padre Fábio cumpriu seu papel de comunicador e foi uma gracinha. Em tudo. Pareceu ter uma excelente formação e sentir-se à vontade com isso. É uma pena ter se tornardo um pop star.