Encontros

Encontros

          Existem várias possibilidades em torno de um encontro. A gente encontra pessoas, coisas, fatos, destino, e por aí vai. Eu vou dividir tais possibilidades de um encontro em positivas e negativas, para facilitar o acompanhamento do meu raciocínio.

         Podemos chamar de encontros positivos os marcados, os desejados, os de felicidade. Já os encontros negativos são os que você finge que vai, mas não vai, os que você finge que não foi, mas foi, ficastes de longe, observando, na certa, o que foi visto, não agradou; os que deixaram você plantado, esperando, e a lista segue. Os mais religiosos ainda falam do encontro com Deus, ou outra forte divindade de suas crenças. Porém, para todo o ser vivo existem dois encontros que podemos chamar de fatais: o encontro do nascimento e o da morte. Estes não têm jeito: você deve comparecer, carrega as características de positivo e negativo, a ordem pode alterar, dependendo do ponto de vista em questão, reúne pessoas para o desfecho, de uma maneira positiva ou negativa também e, sem dúvida, são de suma importância.

          Pois bem, chegamos ao ponto que precisava para me fazer entender de fato. Um encontro fatal se deu. E este foi da escala de “encontro fatal negativo”, pois foi a morte de um ente querido. Logo, do ponto de vista do morto, negativo. Porém, do ponto de vista de alguns que ficaram foi positivíssimo, pois possibilitou a união de pessoas que há muito não se viam. Perceberam? É isso. Meio como “encontros e despedidas”, de Milton Nascimento, cantado sofregamente por Maria Rita. É a vida e seu movimento. Nada do que acontece merece menos atenção. Tudo tem ligação e ainda se correlaciona com outras esferas. É preciso ficar atento.