domingo, 4 de abril de 2010

DUAS CAMISETAS E UM CONGUINHA




          No nascimento do primeiro, acredito que estava envolvida com toda a emoção de uma mulher, bem longe da racionalidade, só dando ênfase a alegria de participar do evento. Foi tudo muito rico. Talvez tenha sido por isso, que não percebi uma coisa muito importante: como as criaturas crescem rápido!

         Contudo, o tempo se passa e adquirimos experiência. A de que mais gosto, sem dúvida, é a de aprimorar a experiência da observação. É só você procurar aquietar o coração, mesmo nos momentos de maior emoção. Verdade, você tem de tentar. Procure aquietá-lo e perceberás que, mesmo muito feliz e grato, ou muito triste e irado, nada de natural deixa de acontecer por sua causa. Foi que fiz.

        O segundo chegou. Desde sua estada no forno que eu houvera decidido que ficaria de olhos bem abertos, a fim de perceber tudo ao meu redor. Assim, meninos, eu vi. Não importa o quanto você tenha comprado de vestimenta para o caboclo. Você não terá dado conta! E ganha daqui, ganha dali, e o erê continua peladinho. E parece que faz de propósito, pois, além de crescer rápido, cresce além da conta! E você até se pergunta – Como pode?- ah, mas você já sabe a resposta... Vem de linhagem nobre, a linhagem da querência, muito bem nutrido, não poderia ser diferente. E sai, escolhe, compra, - as coxinhas estão redondinhas! E veste, banho de sol = barishnikov, e calça, e o dedão tá exprimido! E lava, e encolheu? Que nada, o malandrinho quem cresceu! E pendura, e recolhe e passa, e audita: temos que comprar mais! Tadinho... Só tem duas camisetas e um conguinha! Que tadinho que nada! É a vida, é bonita e é bonita à beça!


Um comentário:

Anônimo disse...

De bom gosto e inenarrável sentimento. O desenvolver da criança tem muito de amor e carinho com pitada de bioquimica e natureza. O que faz a diferença é apresença daqueles que queremos muito bem.