domingo, 4 de dezembro de 2011

Fraldário

Agora, sou mãe! Que beleza, que fofo, bababi, bababá. Acontece que nossos pequenos detêm as mesmas necessidades que nós com um agravante: não conseguem conter muitas de suas vontades. Uma delas são suas necessidades fisiológicas. Ah, mas tudo bem! Nós conhecemos fraldas, não?! Pois é, mas, como elas são administradas? Muitas pessoas se quer pensam nisso - eu também não pensava, até me ver diante da necessidade de trocar a fralda do  meu filhote, sem expor a ele ou a qualquer outra pessoa. É uma situação privada, porque é de pequenino que se respeita os seres humanos. Sendo assim, é recomendável um local asseado, tranquilo, com possibilidades até de um bom banho para revitalizar. Afinal de contas, o bom humor de estar na rua precisa ser refeito - são bebês, e bebês, como nós, cansam! Toda essa introdução para trazer à tona uma questão muito séria: o cotidiano de muitas lojas, restaurantes e afins, não comportam a família, o tratamento aos bebês. Dá para se contar nos dedos restaurantes no centro do Rio que receberão muito bem, não só os executivos e a turma do escritório, como sua família. Não há fraldários, cadeiras apropriadas, espaço pro carrinho e por aí segue. E nem adianta dizer que centro da cidade não é lugar de criança. Quem pensa assim de fato não as têm, tão pouco plano de saúde ou ida a hospitais públicos, de onde saem encaminhamentos para os locais mais mirabolantes, ou seja, fatalmente você teria de fazer um 'pit stop' com o pequeno pelo centrão de algum bairro. É como se a presença deles incomodasse. Uma vergonha. O jeito é contar com um bom shopping e rezar que este esteja devidamente equipado e administrado, por que, do contrário, vais encontrar locais imundos, mal assessorados, com pessoas despreparadas e pais muito, mas muito irritados. Sem contar as pobres crianças que nem de longe terão um bem estar. 
Pode parecer piegas, mas precisamos pensar nisso, meus caros. Tudo que fazemos deveria girar em torno da família, em todas as suas concepções. O bem estar de seus componentes. Qualidade de vida em qualquer lugar. E esse lugar deveria ser possivelmente habitável, para todos e qualquer um. Essa mecânica de consumo exacerbado e sem controle, onde idosos e crianças não contam - a não ser para consumo sazonal, ainda vai nos matar ou colocar-nos em um lugar desconfortável: o de seres desinteligentes, usuários de antolhos.






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