domingo, 29 de agosto de 2010

Cabelo, cabeleira, cabeludas e lindas!!

Confesso que estou orgulhosa! Andar por aí, e ver a etnicidade tão celebrada! Sobretudo, entre nós, mulheres, seres tão vítimas da moda, do conceito europeu do que é ser bonita. Jamie Foxx tem uma música chamada YOU STILL GOT IT, onde é dito que "ser bonita é um estado de espírito, e você é", pois ela trata da atmosfera que envolve uma mulher grávida e as mudanças físicas e psicológicas. É linda. Essa frase é cabível em todo o esquema humano de pensamentos. A mulher é ícone de uma série de coisas, dentre elas, a ideia de bem estar. O bem estar físico e mental são perseguidos com verdadeiro afinco e, é com muita satisfação, que percebi que já foi conquistado, se não por todas, mas por grande parte das mulheres. Um exemplo dessa conquista são os cabelos: a conquista da liberdade. Nunca antes as mulheres negras tiveram tantos recursos, inclusive para preservar a origem de suas madeixas, promovendo uma evolução positiva. A menina podia ter seus oito ou nove anos mas sua aparência remetia aos quatorze, pois seu cabelo tinha um formato único, inerte, com curvaturas que sugeriam um personagem de desenho animado, ou acessório automotivo. Hoje existem vários salões especializados em cabelos crespos e cacheados, além de produtos que vão do simples creme para pentear até à coloração. Mas, o que tudo isso quer dizer? Quer dizer que, andando na rua, percebendo as coisas ao meu redor, ficou estampado a liberdade e beleza da atitude da mulher negra diante de seus cabelos: satisfação. Nada contra o estilo "straight hair", mas, nada melhor que a felicidade de ter o vento na raiz do couro cabeludo, nos que se alvoroçam, mas retornam, sem o menor prejuízo, a leveza, o crescimento natural. Não tem coisa melhor, além da escolha de estar ao natural no "frizz" tranquilo que cada mulher tem ou lizérrima, pro que der e vier. O importante é estar bem consigo mesma. é ter consciência de que valorizar o que é nosso é o primeiro passo para a liberdade, a satisfação pessoal, o estímulo ao respeito e consideração. Percebam que esse também já vem sendo o caminho natural na linha de make ups, por exemplo. A mulher negra, a mulher mestiça, a mulher brasileira possui diversas idiossincrasias que devem ser preservadas, estimuladas e reconhecidas, de maneira que, além de um retorno fabuloso ao ego deste grupo, certamente haverá uma satisfação comercial enorme. É só continuar a fluir a favor da maré, ou seja: reconhecer o fato da pluralidade, revertendo-o em custo/benefício. A francesa L'Oreal mostrou que o mercado internacional já entendeu que deve tratar com muito respeito, fidelidade, pesquisa e trabalho, seu público alvo em cada país. A prova disso é que temos Taís Araújo a frente de uma campanha tão expressiva, com direito a concurso no seguimento e tudo mais. O caminho é esse mas lembre-se: o primeiro a trilhá-lo será sempre você.

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