terça-feira, 20 de julho de 2010

Tragédia vende!

Já tem um bom tempo, pelo menos desde toda essa repercussão do chute do goleiro, que tenho prestado atenção a determinados tele jornais, programas de entrevistas e afins. Posse ter chegado a uma conclusão velha e sem graça, que todo mundo conhece e muita gente pode concordar, mas o que registra a audácia, desrespeito e frieza é ter a certeza de que não vai mudar e está aí para tudo mundo ver: tragédia vende.
Uma coisa é direito a informação. Todos nós temos. Mas, daí a ficar explorando quando o sujeito entra no carro, quando sai, a avó expondo toda a dor da perda, junto ao pai e mãe do inocente, tudo isso é exagero de causa. Nisso, o que acaba acontecendo é o favorecimento do fato, de um lado ou de outro. O massacre do assunto, a importância dada a fatos esdrúxulos faz com que todos debrucem sobre este, de várias maneiras. Quem sofre? Quem está com o caráter e personalidade em formação? A criança, que hoje não sai mais da sala quando adultos se reúnem para  uma conversa mais longa, não vão para a cama às dez da noite, mesmo porque tal atitude não faria diferença, uma vez que o bombardeio de informação inútil ocorre a qualquer hora do dia. Tudo isso há de nos fazer pensar.
Este post não tem a intenção de pregar a falsa moral, os bons costumes, a alienação geral, contudo, a roupa informação necessita de um belo estilista, tanto quanto belo tecido, filamentos, costureiras. Nossas crianças precisam saber que traficantes existem, drogas existem, psicopatia existe, junto a outros destroços da humanidade, mas a dose não deveria ser maciça. 

Um comentário:

Vivian Kosta disse...

Você tem razão. Tragédia vende e o ser humano tem um lado podre que quando enfatizado, se alimenta de tudo o que é ruim e não presta no mundo.