quinta-feira, 8 de abril de 2010

SEPARADOS PELO CRIME. VOCÊ ESTÁ FALANDO SÉRIO?




          Já tem um bom tempo que o jornalismo da Rede Record e do SBT vêm conquistando espaço no meu ponto de vista, o que considero ficar realmente ciente a respeito do que acontece ao nosso redor.
          A série: SEPARADOS PELO CRIME, produzida pelo Jornal da Record, tendo o repórter Vinicius Donola como mestre de cerimônias, trouxe ao ar ontem o que acontece quando detentos precisam ser atendidos por médicos, sobretudo, detentos provindos das “Bangus numerais”, que hospedamos no bairro. O hospital mais próximo é o Albert Schweitzer, em Realengo. Já dá para imaginar quanto fiquei enraivecida, quando vi que, por não terem para onde serem conduzidos, os detentos são levados a esse hospital, e ficam nos corredores, acompanhados dos agentes, fortemente armados, e a população. São atendidos juntamente com os cidadãos comuns. Juntamente não, antes, pois, devido suas condições de custódia, eles detém prioridade no atendimento. Como assim? Tudo normal, até o hospital ser invadido e tomado como refém, depois que todos os policiais, fortemente armados, tenham sido dominados e rendidos por possíveis mal feitores, em uma possível tentativa de resgate a um preso, ou até mesmo, cobrança de alguma divida pendente. Aí, provavelmente será um “Deus nos acuda”.
          Definitivamente, nossos dirigentes só querem saber de “administrar” problemas, e não prevê-los. Demoliram o complexo Frei Caneca, com seu hospital carcerário inclusive, se for assim que se chama. Segundo a reportagem, existem sete hospitais para atender os detentos, mas não há médicos. Por que não? Você me pergunta, e eu, respondo: fizeram um concurso para o preenchimento dessas vagas, mas, os trinta candidatos aprovados não se animaram em trabalhar no sistema carcerário. Estória estranha, não? Quando prestamos concurso, não lemos o edital? E o edital, que obrigatoriamente, deve trazer todas as informações a respeito de horas trabalhadas, documentos necessários, não traz, também, os valores da remuneração? Sendo assim, os candidatos aprovados, todos os trinta, ao mesmo tempo, desistiram de tomar posse de um cargo que eles já sabiam o que aconteceria? Segundo um dos entrevistados, o salário era excelente: R$ 1.500,00?!?! – está bem: MIL E QUINHENTOS REAIS?!?! Nossa... Acho que posso sugerir uma troca: Por que não montam outro concurso, desta vez, para admitir médicos para trabalhar nos hospitais da policia militar, por exemplo, e, todos os médicos dessa instituição sejam realocados a atender nos hospitais penitenciários? Ou ainda: por que não aumentam o salário desses profissionais – e o meu também? Ah, ainda resta a opção dos médicos das forças armadas, que atendem respectivamente em seus hospitais, darem uma “mãozinha”, não?! Não sei... Não tive tempo de estudar bem sobre isso, devido à fúria que me tomou, mas, tenho certeza, de que já está ficando chato esse negócio de brincar de índio, só dando conta de contabilizar os estragos no final da tragédia.






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