domingo, 4 de abril de 2010

SAMU E UPA EM: “AI, AI, AI, AI, ESSE AMOR, ESSE AMOR, É BOM DEMAIS”



          Samu é um menino ligado, literalmente, na tomada. E eu diria que vinte e quatro horas por dia. O matreiro já acorda no “pique” – tá, pega, esconde - esconde a brincadeira que você sugerir já é! O engraçado é que tudo quanto for esporte radical, aventura, que pode acabar em machucado, joelho ralado, o pessoal já diz: chama o Samu! A galera sabe que tá tranquilo, se ele se ralar, vai mandar chamar os bombeiros, o pai dele, mas, ao passar um remedinho no ferimento, tá tudo novo, de novo!


          Ele na certa herdou esse traquejo da avó, dona Upa. Nossa senhora, dona Upa é matreira por demais. Aos sessenta e um, parece que tem dezesseis! Está sempre fatiotada para a ocasião. O bom tênis não pode faltar. Dá velocidade e destreza aos movimentos – nesse caso, deveria ser “canhoteza”, pois dona Upa é canhota, não destra, mas o Aurélio se esqueceu dessa aí. E com ela não tem tempo ruim! Sabe cuidar de tudo e de todos e o povo já sabe: qualquer mal estar, enjoo que se dê na enjira, um já grita – Vamos pra Upa! A gente pode até ficar em fila, tem gente que até vomita, mas ela cuida qualquer ziquizira!

          Ah, mas o bom mesmo é ver quando Samu e dona Upa se encontram. É um Deus nos acuda, melhor, acuda a eles, pois parece mais um encontro de titãs! É um tal de testa de Samu no joanete de Upa, Upa dando com um pedaço de pau na própria testa, em tentativa de quebrar o pau pra Samu – pra ele brincar de espada, - respondeu meio zonza da paulada. Quando Samu viu disse – chame os bombeiros! – e eu até pensei em dizer – vamos pra dona Upa! - mas, já estávamos lá, não é verdade? Noutro dia, amparei os dois com a perna, pois a força do abraço foi tanta, que já vinham encontrar a lona, juntos, lógico, pois a dor há de dar nos dois. É um tal de ai, ai, ai, ui,ui,ui, mas é um amor de vó e de neto de dar gosto.

3 comentários:

Anônimo disse...

hahahahahahaha

Rafael Murilo disse...

maneiro

Anônimo disse...

Mto bacana este conto! Seu blog é mto bonito e irreverente! Parabéns! ;)