terça-feira, 6 de abril de 2010

O VERDADEIRO “PASSAR UM PANO POR CIMA”, OU AINDA “VARRER A SUJEIRA PARA DEBAIXO DO TAPETE”


Foto de Marcia Foletto - O Globo

Por que nossos dirigentes públicos não optam por resolver os problemas mais eminentes, ao invés de criar situações novas? Por que eles não começam do começo? Essa pergunta pode se tornar retórica, mesmo não sendo essa minha intenção, mas, duvido muito que alguém seja capaz de respondê-la, mesmo disposto. Os problemas que o Rio de Janeiro enfrenta são velhos conhecidos, até mesmo por uma criança de nove anos. Você pode fazer a experiência perguntando: o que acontece quando chove muito, querido (a)? E a resposta virá inocente, mas verdadeira. É só a natureza manipulada agir, para o Rio tornar-se uma bacia fétida! E os “caras” estão falando em construção de teleférico de 150 milhões de reais para ligar os morros e bababi, bababá, como assim?! Você já experimentou ir até um hospital publico, só por curiosidade? Mas, não é para ficar de braços cruzados não, senhor! Chegue por lá e peça um serviço, um profissional. Vou prever as possíveis respostas que terás: ou não tem o que você precisa, ou a espera será insuportável e o “médico” te atenderá de costas, evitando qualquer contato para não se contaminar com o que você tem, sem te olhar se quer nos olhos! E chove, e transborda, e derrete, e mata gente. O que é isso?! E ninguém fala em obras para reestruturar as ruas, rios, a fim de prepará-los para o recebimento desse volume, que tenda aumentar, de águas provindas do céu?! Até parece que preferem que tudo isso aconteça, na esperança de diminuir o volume de gente necessitada, pois essa gente dá muito trabalho para eles. Por isso os hospitais continuam esses depósitos de doenças, necrosado, podre, as encostas continuam soltas para que derretam mais rápido, não há manutenção freqüente nos rios, para que os mesmos se encarreguem de devastar, afogar, destruir o nada que essa gente tem, assim, ninguém suja as mãos, nem evitando, nem resolvendo. Sem falar na Educação, que é servida como um mingau estragado, às coleradas para todos que não tem como reagir. A intenção é fazer com que os números apareçam “bonitinhos” e o dinheiro de investimento internacional continue a entrar. Eles só apagam o “incêndio”, “varrendo a sujeira para debaixo do tapete”, passando um “pano por cima”, para dar a falsa sensação de que tudo ficará bem. Desculpe por fazer você se engasgar com seu refrigerante, de frente para seu PC, mas NADA ficará bem! Pois não acabou bem! Dessa vez, não seguirá a previsão de Shakespeare. Vai chover novamente e, novamente teremos a lama vindo buscar as nossas coisas, como se fossem dela, o morro derretendo atrás de nós, engolindo tudo de um gole só. Mas a culpa é nossa, que agimos como ratos de laboratório, sem registro, sem memória, sem lembrança, nos enganando a respeito desses pulhas que pelintram, patifam e biltram, tudo ao mesmo tempo, a fim de prover para os próprios bolsos e dos seus. E a população? Ah, que se dane, viva ou morta! Já votaram mesmo! É uma pena que o conforto venha através do sofrimento de todos, pois a natureza, essa sim, não faz distinção, não segue planos políticos, nem tão pouco faz parte de corriola: ela varre tudo e todos, ricos ou pobres.


Foto de Carlos Ivan - O Globo

2 comentários:

Ana R. disse...

Um dos problemas é que teleférico em favela dá voto e obra de infra-estrutura não dá. Os políticos nem aparecem porque ninguém vê a obra. Fica por baixo da terra. E o "povo" tá a fim é de diversão. Vc já viu alguém ir pra rua cobrar dos políticos, por exemplo, a prestação de contas do que fazem com os trilhões de impostos que pagamos? Há muito por fazer. Principalmente no que se passa dentro da cabeça de cada um....

Anônimo disse...

Acredito que o problema agora tenha ser tornado mais visível porque os transtornos também afetaram a zona sul e assim o cartão postal foi modificado com a ira da natureza contra a não execução de políticas públicas que realmente são necessárias.