segunda-feira, 26 de abril de 2010

VAMOS DAR A SÉRGIO O QUE É DE SÉRGIO!






          Pois então, dia dezenove de abril, tremendo “Dia do Índio”, na última segunda-feira, a pedido de Mamãe, envolvi-me um dos maiores programas – culturais, antes que você lance mão de sua leitura dinâmica – que eu jamais acreditei existir: Baile da 3ª Idade! Já sei, você já está rindo, achando que lá vem ironia. Sinto em decepcioná-lo, meu caro, mas o negócio foi sério.
          Deixe-me explicar: não se trata de um baile comum, tipo quermesse, feito no quintal da igrejinha local, e, muito provavelmente, terminando em folia para os envolvidos eclesiasticamente. Trata-se de um baile promovido pelo Governo do Rio de Janeiro, oferecido a todas as ONGs que tratem idosos, no maracanãnzinho, com direito a ônibus com ar condicionado, e água geladinha, trazida diretamente dos alambiques da CEDAE. E, pelo o que me foi passado, ocorre minimamente quatro vezes no ano. E o horário é de criança: das quinze às dezenove horas.
          O evento estava programado para o dia primeiro de março, mas, não sei por que cargas d’água foi adiado para o Dia do Índio. A parte boa foi que assim eu pude acompanhar Mamãe em sua excursão com suas amigas.
          Brincadeiras à parte, eu decididamente me envolvi para poder participar e maldizer depois. O que me espantou foi a minha própria cara de pastel, ao chegar até o local marcado e perceber a dignidade com que todas as pessoas ali presentes foram tratadas. Era um tal de ônibus luxuoso parar e descer um bando de velhinhos, sem dor, sem pressão alta, sem reumatismo, com a camisa de seu grupo, colorida, customizada ou lisa, isopor com quitutes e guloseimas. Muita dentadura à luz do sol, pois o dia estava lindo – passava um pouco do meio dia - e os donos da festa, felizes da vida! E não eram só idosos não?! Tinham as crianças, os bebês, as filhas e filhos acompanhantes – melhor colocando: parceiros de dança, pois a Orquestra Tupi era a atração principal.
         Não obstante, ao entrar no Maracanãnzinho, quem nos recebeu foi o ar condicionado, a toda, confortável, enquanto alguns agentes da prefeitura conduziam as pessoas para a arquibancada.
Palco montado imponentemente, pista de assoalho tratado – para evitar os possíveis “mergulhos”, músicos passando o som. Tudo pronto! A Orquestra entra fantástica, tocando uma musica de sessenta – eu acho, e, os mais corajosos, já se colocam a movimentar os “corpitchos”. Uns com muito ritmo e outros que o ritmo ficou em casa, alguns tropeções, mergulhos inevitáveis, mas a festa seguia animada quando, subitamente, o maestro muda a musica para um hino religioso que não me lembro. Procurei o motivo, lógico, já achando que fosse coisa de ajuntamento ecumênico, mas nada de conseguir dar conta. De repente, as luzes se acendem e, como se estivesse entrando em campo, sobe ao palco nosso Governador e alguns membros de sua equipe. Os convidados vibram, e ele também. Conversa vai, conversa vem, foi um bate papo de quinze minutos, muito agradáveis por sinal. Ele se despede amavelmente, e a diversão segue intrépida.
          A gente tem o direito de reclamar, de dizer que muitas coisas no nosso estado, no nosso país, não estão certas, mas, vamos e convenhamos, essa ideia de promover essa “tarde dançante” foi muito válida. Tinha gente ali que, se não fosse por essa iniciativa, muito provavelmente morreria sem nunca ter frequentado o nosso Maracanãnzinho. Sem contar a segurança e a tranquilidade com que famílias puderam aproveitar a bela tarde. Mediante a todos os problemas enfrentados pelo Estado nos últimos dias, um descanso e um carinho do Chefe de Estado, em pessoa. Muito bem! Parabéns, Governador!






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