sexta-feira, 30 de abril de 2010

ADOTAR PARA MALTRATAR

         

          É dessa forma que a procuradora aposentada Vera Lucia Santana Gomes, decidiu passar sua aposentadoria: adotar uma criança, para servi-lhe de esparro. Na certa, ela deve julgar a vida de aposentada, moradora de Ipanema, um tanto quanto enfadonha, só descontando sua ira nos empregados, até porque, os empregados são adultos, portanto, podem revidar, inclusive com violência e, com a postura e aparência mumificada que ela possui, muito provavelmente ela não conseguiria defender-se. O que a procuradora aposentada não esperava, é que seu plano ardiloso fosse cair por terra, quando ex funcionários decidiram denunciá-la. Certamente ela deve ter pensado em responder a imprensa, logo quando interpelada no sossego de seu lar a respeito das acusações – “teria dado tudo certo, se não fossem esses garotos intrometidos” - em alto estilo “Scooby-Doo”. O melhor ainda estava por vir: como vocês estão acompanhando, a menininha estava em um abrigo, e habilitada para adoção – pois somente assim há de funcionar: a habilitação, tanto de adotantes (pessoas interessadas em adotar), devidamente credenciadas pelo Ministério Público, através das varas de infância e adolescência, e a criança também, através do mesmo processo, com a destituição do Patrio Poder, ou seja: para a menina estar disponível, a mãe já não possui nenhum poder sobre ela. Então me ajudem a raciocinar: que estória é essa da mãe biológica aparecer, em meio à confusão, falando em lutar pela guarda da filha? Ela já não foi destituída? Que papo é esse de que não a abandonou,  duas vezes e, inclusive, continuava a visitá-la no abrigo? É para rir ou é para pensar que esse sistema tenha um rombo enorme, e que essa procuradora tenha tido algum tipo de favorecimento em virtude de sua posição social e profissional? Como tal pessoa passa por um crivo de uma equipe multidisciplinar competente, e não é detectado um estado psicológico ímpar? Digo isso porque, ao ser questionada sobre a forma a qual se refere à menina – “cachorrinha”- a procuradora teria se defendido, dizendo que a chamava dessa forma por gostar muito de cachorros - nota-se que, em contra partida, a menina se refere à procuradora como ‘mamãe”. Só de olhar para a idosa, dá para se ter uma ideia de que ‘alguma coisa está fora da ordem’, e, dessa vez, não somente fora da ‘ordem mundial’, mas fora do eixo do que se é tido como aceitável pela sociedade.
          Com tudo isso, quero deixar registrado: vou acompanhar tudo isso o mais próxima que puder, para ratificar o que eu que acreditar: a justiça tarda, mas não falha.

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